[Já não restam trocadilhos com TAP para título]
- Lara Castro e Nádia Neto

- 5 de jan. de 2024
- 2 min de leitura
O ano de 2023 foi marcado pela presença constante da TAP no centro das atenções da política portuguesa.

Tudo começou em dezembro de 2022, quando foi revelado que Alexandra Reis recebeu 500 mil euros da TAP. Desde então, o governo mudou, e as relações com o Presidente da República também.
Mas afinal, como tudo começou e quais foram as consequências políticas?
Clica na pergunta para saberes mais.
A PERGUNTA PARA VÁRIOS MILHÕES
O que vai acontecer ?

Ninguém imaginou desde o início que poderia acontecer o que aconteceu. Por isso, é muito difícil antecipar o que pode acontecer.
A incerteza sobre o futuro da TAP, será clara depois das decisões do próximo governo, após as eleições de 10 de março. António Costa tinha inicialmente a intenção de vender pelo menos 51% da empresa, tendo em vista a conclusão do processo de privatização até ao final de 2023. No entanto, esse cronograma foi comprometido por desafios políticos e vetos presidenciais.
O Presidente da República solicitou esclarecimentos sobre a intervenção do Estado e a transparência da operação, o que resultou na desaceleração do processo de venda. A crise política subsequente, marcada pela demissão de Costa em novembro, impactou ainda mais o cronograma da privatização. Agora, aguarda-se pelas eleições legislativas para determinar a trajetória que o novo governo deseja seguir em relação à transportadora aérea.
Principais Interessados
A privatização da TAP está programada para iniciar antes do verão, e há três potenciais interessados na companhia aérea: o grupo IAG (British Airways e Iberia), o grupo Lufthansa e o grupo KLM/Air France. Cada interessado traz consigo considerações sobre a possível mudança da base operacional, ligações diretas e a relevância da TAP no contexto da transição energética.
Caso a companhia seja vendida aos britânicos e espanhóis, a base de operações poderá ser desviada de Lisboa para Madrid e perder muitas das atuais ligações diretas para a Europa, América e África.
Processo de venda da TAP
O governo, vai pedir duas avaliações financeiras independentes para determinar o valor da TAP, um requisito legal antes do início do processo de privatização.
Sobre a continuidade da participação do Estado na TAP após a venda, a mensagem do governo é de união, destacando o valor intrínseco da TAP como um gerador de valor a partir do hub de Lisboa, sublinhando os resultados positivos alcançados em 2022.
No entanto, as declarações do governo enfrentam desconfiança de partidos de direita, como o Chega, que alegam que o anúncio da venda procura desviar atenções da comissão parlamentar de inquérito em andamento. Já os partidos de esquerda expressam preocupações sobre a entrega da empresa ao estrangeiro, rotulando-a como uma decisão prejudicial ao desenvolvimento económico e um ato de submissão aos interesses multinacionais.
A discussão sobre a continuidade da participação do Estado na TAP após a venda permanece aberta, com o ex-ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, defendendo a manutenção da maioria do capital nas mãos do Estado. O processo de privatização, que deverá ser concluído no primeiro trimestre de 2024, traz consigo desafios, como o endividamento, os custos operacionais, a reputação e a dependência
em rotas específicas.
Além disso, a localização do futuro aeroporto de Lisboa será um fator crítico nas mãos do próximo governo, com diferentes partidos a formar grupos de trabalho para estudar e decidir a melhor opção estratégica. O desfecho dessas questões permanece incerto, aguardando as decisões políticas que moldarão o destino da TAP nos próximos meses.

















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